Parei num posto pra trocar o óleo do carro. Falei que queria colocar sintético e também substituir os filtros de óleo e de ar. O cara suspendeu o carro no elevador, pegou uma chave e começou um malabarismo pra alcançar o parafuso. “Não tem que tirar primeiro a chapa de proteção do cárter?”, perguntei. “Não”, respondeu sem mais conversa. “Das outras vezes o rapaz tirou”, repliquei.
Sentei num banco em frente pra acompanhar a operação. Tava difícil encaixar a chave, não tinha ângulo. Mas ele não deu o braço a torcer. Quer dizer, se retorceu todo mas não quis tirar a chapa. Após algumas tentativas frustradas foi buscar uma ferramenta maior. Voltou, suou mais um pouco, até que finalmente, num último golpe, o líquido começou a escorrer. Preto e vermelho; óleo e sangue. Na luta pra desenroscar o parafuso ele acertou em cheio a borda da chapa de aço. Abriu uma ferida abissal no dedo.
Disse um palavrão inaudível e saiu de cena novamente. Fiquei lá pensando na praga que é a preguiça humana. Se tivesse feito o processo direito não teria se machucado. Pensei em deixar pra lá e procurar outro posto. Mas agora meu carro estava sem óleo nenhum no motor. Esperei.
Depois de uns dez minutos o cara volta. Com um curativo na mão e um humor ainda pior do que antes.
Sentei num banco em frente pra acompanhar a operação. Tava difícil encaixar a chave, não tinha ângulo. Mas ele não deu o braço a torcer. Quer dizer, se retorceu todo mas não quis tirar a chapa. Após algumas tentativas frustradas foi buscar uma ferramenta maior. Voltou, suou mais um pouco, até que finalmente, num último golpe, o líquido começou a escorrer. Preto e vermelho; óleo e sangue. Na luta pra desenroscar o parafuso ele acertou em cheio a borda da chapa de aço. Abriu uma ferida abissal no dedo.
Disse um palavrão inaudível e saiu de cena novamente. Fiquei lá pensando na praga que é a preguiça humana. Se tivesse feito o processo direito não teria se machucado. Pensei em deixar pra lá e procurar outro posto. Mas agora meu carro estava sem óleo nenhum no motor. Esperei.
Depois de uns dez minutos o cara volta. Com um curativo na mão e um humor ainda pior do que antes.
Coincidência: hoje cedo parei no posto para a mesma operação: troca de óleo, filtro, fluido para água no radiador. E o frentista falando que o carro precisa imediatamente disso tudo e a conta vai aumentando, aumentando. E eu que entendo de motores tanto quanto de física quântica, parado lá com aquela dúvida que não quer calar: será que estou sendo enganado?
ResponderExcluirImaginem, então, nós mulheres fazendo essa tarefa, quão interessante é: sentadas naqueles bancos sempre manchados de óleo(quando há lugar); ou andando de um lado para o outro no posto (todos por alí te olhando); ou, no meu caso, já tendo passado por todas estas fases, embaixo do carro, enchendo o trocador de óleo de perguntas surreais...ainda bem que isso só acontece a cada 10 mil Km.
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