segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Água no feijão

Daqui a alguns dias voltaremos às urnas. No Brasil, Dilma ou Serra. Em Brasília, Agnelo ou Roriz. A Weslian, não o Joaquim. Catapultada a uma candidatura de última hora, Dona Weslian deixou o feijão em fogo baixo, pendurou o avental num canto qualquer, decorou duas ou três frases de efeito e partiu para o corpo a corpo com o eleitorado. Sempre acompanhada do marido, segue o roteiro da periferia de Brasília, tão castigada por sucessivos governantes do DF.

Sorriso maroto nos lábios, deslumbrada com os holofotes, promete que daqui pra frente tudo vai ser diferente: "Vou proteger toda aquela corrupção", diz Dona Weslian na TV, do alto de sua sabedoria e experiência política. Vai proteger sim, Senhora. Toda aquela e mais alguma, pois é exatamente para isso que seu esposo lhe designou. A questão é: quem vai proteger Brasília de vocês?

Com certeza não serão os tribunais, pois raposas velhas que são, sabem como ninguém driblar os ditames da Lei. "Sou ficha limpíssima", sentenciou o Joaquim dia desses. Só resta torcer para que, no domingo, 31, a Mulher Laranja volte pra casa a tempo de não deixar o feijão queimar na panela.

De humanos e ETs

De vez em quando somos surpreendidos com notícias que mostram o quanto ainda temos a descobrir sobre este mundo em que vivemos. Há cerca de um ano, a mídia internacional relatou o “assassinato” de um suposto ET, a pedradas, no Panamá. Alguns rapazes estavam na beira do rio quando viram uma criatura bizarra: corpo rosado e sem pelos, grandes garras nas patas - mãos? – dianteiras, cara de ET, jeitão de ET. Não deu outra. Entre assustados e eufóricos, decidiram atirar a primeira pedra. E a segunda, terceira, quarta...

Nos dias seguintes os jornais estamparam a foto do cadáver alienígena, ainda com a expressão agonizante no rosto. Cientistas de várias partes do planeta correram até o Panamá. Seria um ET, um bicho-preguiça albino, ou simplesmente algum animal que prefere viver às sombras e que, pela primeira vez desde que o mundo é mundo, resolveu dar o ar da graça? Seja qual for a resposta, se deu mal. O ser humano não está preparado pra essas esquisitices. Na dúvida, pedra no desconhecido.

Aqui no Brasil, pouco tempo depois, pescadores fisgaram, nas águas mornas do litoral baiano, um peixe nunca antes visto na história desse país. Ou melhor, do mundo. Um bichão com cerca de 1,80m de comprimento, corpo gelatinoso, desprovido de pele ou escama, e, segundo os pescadores, sem carne também. Eu, hein!? Um ET aquático?

Um biólogo que acompanhou o caso disse que a "coisa" estava numa profundidade aproximada de mil metros, e que, nessa região, de fato é possível viverem ainda muitas espécies desconhecidas do homem. O peixão transparente morreu, é claro, mas pelo menos teve mais sorte que o ET panamenho: foi levado inteiro para ser estudado num laboratório.

Faz muito tempo que os ufólogos gastam horas e horas observando o espaço à procura de ETs. Mas, pelo visto, eles estão bem mais perto do que pensamos. Ou seríamos nós os invasores?

Olho de prosa