Já faz alguns dias que, ao sair do trabalho, por volta das 21h, deparo com ele no caminho pro estacionamento. Homem gordo, de meia idade, sentado num colchão ao relento e com uma garrafa pet nas mãos. Umas duas vezes dei a ele algum trocado. Ontem recusei. Passei direto de cara fechada.
Ele ficou de pé. Olhei pra trás e ele abriu os braços. Pôs um sorriso na cara e tascou: "Sem problema, amigo. Vai uma carninha aí?" Foi aí vi a pequena churrasqueira, com dois tijolos e uma grade em cima, onde ardiam uma coxa de galinha e um retalho de carne. Declinei o convite, e entrei no carro desarmado.