quarta-feira, 16 de julho de 2014

Amuleto canarinho



Durante a Copa do Mundo, Marina foi me visitar no Rio. Chegou lá no dia seguinte à vitória da seleção sobre a Colômbia. Ainda no aeroporto estendeu o braço e me disse orgulhosa: “Papai, sabia que o Brasil só ganhou ontem por causa dessa minha pulseirinha?”. Voltou pra Brasília na véspera da semifinal. Após os 7 x 1 contra a Holanda, ao chegar no hotel, fui mexer na papelada sobre a mesa e lá estava a bijuteria verde-amarela. Mais à noite liguei para casa e contei o que havia encontrado. E ela, convicta: “Não falei que o Brasil só tinha ganhado aquela vez por causa da minha pulseira?”.

terça-feira, 13 de maio de 2014

O homem do colchão

Já faz alguns dias que, ao sair do trabalho, por volta das 21h, deparo com ele no caminho pro estacionamento. Homem gordo, de meia idade, sentado num colchão ao relento e com uma garrafa pet nas mãos. Umas duas vezes dei a ele algum trocado. Ontem recusei. Passei direto de cara fechada. 

Ele ficou de pé. Olhei pra trás e ele abriu os braços. Pôs um sorriso na cara e tascou: "Sem problema, amigo. Vai uma carninha aí?" Foi aí vi a pequena churrasqueira, com dois tijolos e uma grade em cima, onde ardiam uma coxa de galinha e um retalho de carne. Declinei o convite, e entrei no carro desarmado.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Terra do queijo




Aí um amigo francês veio me visitar. Paramos numa lanchonete dessas que ficam oferecendo itens extras no sanduíche: 
- Mais molho? Mais salada? Mais queijo? Só R$ 1 a mais!
E ele, pra fazer graça:
- Queijo sim...já que sou da terra dos queijos. 
- Uai, o senhor é de Minas? Eu também!