Ontem fui ao aniversário de um amigo. 45 anos. Cheguei em sua casa e o cumprimentei: “Parabéns pelo fim do primeiro tempo!”. “Pô, não sacaneia!”, ele respondeu. Não era sacanagem. Costumo comparar nosso tempo de vida à duração de uma partida de futebol. Um ano, um minuto. Quarenta e cinco minutos cada tempo. Sem intervalo. Passou dos 90 já é prorrogação.
Depois, no meio da festa, meu amigo voltou ao assunto: “Interessante, não tinha pensado por esse lado. Quer dizer que tenho mais um tempo inteiro pela frente; dá pra fazer tudo de novo”. Outras pessoas entraram na conversa. Todos na faixa dos 40 (Tenho 42). Chegamos ao consenso óbvio de que não dá pra viver um segundo tempo idêntico ao primeiro. É preciso reinventar, criar novos projetos e pensar novos objetivos.
Se nas primeiras quatro décadas tínhamos a juventude soprando a favor, a partir de agora é a experiência que está do nosso lado. Conhecemos atalhos e aprendemos a evitar caminhos mais perigosos. Se até agora corremos contra o tempo para ter um bom emprego, comprar uma casa, construir uma família, daqui pra frente sobra mais tempo pra aproveitar os frutos de tantas batalhas.
Parece uma visão otimista demais sobre o avanço da idade? Talvez. Mas foi o melhor cenário que conseguimos desenhar em nossa roda etílico-filosófica. Seja como for, é preciso continuar jogando. Até o apito final.
Depois, no meio da festa, meu amigo voltou ao assunto: “Interessante, não tinha pensado por esse lado. Quer dizer que tenho mais um tempo inteiro pela frente; dá pra fazer tudo de novo”. Outras pessoas entraram na conversa. Todos na faixa dos 40 (Tenho 42). Chegamos ao consenso óbvio de que não dá pra viver um segundo tempo idêntico ao primeiro. É preciso reinventar, criar novos projetos e pensar novos objetivos.
Se nas primeiras quatro décadas tínhamos a juventude soprando a favor, a partir de agora é a experiência que está do nosso lado. Conhecemos atalhos e aprendemos a evitar caminhos mais perigosos. Se até agora corremos contra o tempo para ter um bom emprego, comprar uma casa, construir uma família, daqui pra frente sobra mais tempo pra aproveitar os frutos de tantas batalhas.
Parece uma visão otimista demais sobre o avanço da idade? Talvez. Mas foi o melhor cenário que conseguimos desenhar em nossa roda etílico-filosófica. Seja como for, é preciso continuar jogando. Até o apito final.
Excelente, meu caro. Eu não troco meu tempo de 42 por dois de 21.
ResponderExcluirExperiência joga a favor, a agente aprende a ir só nas melhores bolas, sem tanto desperdício.
O único senão é que o juiz pode resolver acabar o jogo antes dos 90 minutos. Por isso, temos que tentar mandar a bola para rede desde o primeiro minuto. E, sem dúvida, até o apito final.
É por aí! O tempo vai passando e penso: "Tempo amigo seja legal, conto contigo pela madrugada e só me derrube no final". "És um senhor tão bonito, quanto a cara do meu filho...tempo, tempo, tempo, tempo".
ResponderExcluirVivamos felizes os vários minutos do grande jogo que é nossas vidas, pois: "O tempo não pára, não pára, não, não pára".