segunda-feira, 9 de julho de 2012

E o mundo (de novo) não acabou

               Foto: Ries/Honduras

A maioria nem se deu conta, mas na semana passada escapamos de uma boa. De uma boa não; de uma péssima. Dia 30 de junho era pra ter sido o fim do mundo. Pelo menos na profecia de José Luis de Jesus Miranda, um porto-riquenho maluco que se autoproclama “Jesus Cristo Homem”, e a quem seus seguidores na seita Crescendo em Graça chamam de “Papai”.

Numa interpretação tão pessoal quanto mal intencionada do calendário Maia, que supostamente previa o final dos tempos para 2012, Miranda convenceu milhares de pessoas, em mais de vinte países, de que o juízo final coincidiria com o fechamento do primeiro semestre. No dia fatídico, um sábado, os adeptos da seita – a maioria tatuada com o número 666 - se reuniram nos templos para aguardar “La gran transformación”. Veio o meio-dia, o pôr do sol, a meia noite e finalmente o domingo. E, como podemos todos testemunhar, nada do armagedon.

Alguns se desesperaram: "e agora?". José Luis de Jesus Miranda é um homem rico, milionário. Vive numa mansão em Miami, cercado de luxo e de tudo o mais que o dinheiro de seus fieis lhe permite comprar. Ex-pastor pentecostal, hoje renega qualquer outra instituição denominada cristã. Diz que elas adoram o Jesus antigo, morto. E que o Cristo vivo é só ele próprio, ninguém mais.

Aqui no Brasil, a Crescendo em Graça já se instalou em pelo menos onze estados. Concorrência de peso para Edir Macedo, Valdemiro Santiago e afins. Como diria nosso brasileiríssimo Inri Cristo: “Oh, Pai!”.

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